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domingo, 17 de novembro de 2013

Crianças

Crianças...
São tantas...
Mas que falta me fazem as crianças...
Se são tantas,
se são tantas...
as crianças dentro de mim ?

Quando menino, ainda mofino,
um dos meus apelidos era exatamente "criança".
Foi me dado, contra à vontade, na natação juvenil da Recreativa.
Num ano em que migrei do infantil, de manhã
para o juvenil, à tarde. Enfim, progredi...
Eu era o mais novinho entre os grandões.
Fiquei todo orgulhoso nos primeiros dias...
E não é que me apelidaram, justamente, de "criança" ?

Naquele progresso da natação, e de status...não queria ser criança.
Queria ser juvenil, jovem ou adulto.
Qualquer coisa...menos criança...
Não gostava, ficava brabo, resmungava, chingava...
E quanto eu mais resmungava e gritava,
os outros nadadores, numa enorme brincadeira,
e de forma galhofeira, me chamavam:
- "Criança!"

Saía correndo contra quem falava, batia...
Corria, apanhava...
Até que me seguravam:
- "Calma criança".
E depois todos caíam na piscina...

Crianças...
São tantas...
Hoje, revivendo velhos anos...
Percebo que são tantas as crianças do meu jardim...
E ao ficar em casa nos fins-de-semana
Escuto-as...brincar...falar, rir...
Então pergunto-me:
-"Que falta me fazem as crianças...
Se são tantas, se são tantas...
as crianças dentro de mim ?"

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